O NÚMERO de mortos após o forte terramoto que atingiu a região central da Itália na quarta-feira subiu para 250, informou ontem a Defesa Civil.
A presidente da Protecção Civil italiana, Immacolata Postiglione assinalou que era ainda um balanço provisório, por se recear que existam outros mortos nos escombros das localidades mais afectadas. A presidente da Proteção Civil italiana disse ainda que o número de feridos hospitalizados era de 365.
O tremor de magnitude 6,2 atingiu uma área que reúne várias pequenas cidades italianas a 140 quilómetros a leste de Roma na madrugada de quarta-feira, enquanto a maioria das pessoas dormia, destruindo centenas de casas.
As autoridades acreditam que o número de mortos possa subir ainda mais, à medida que continuam os trabalhos de buscas.
Os socorristas não perdiam as esperanças de encontrar sobreviventes nas aldeias arrasadas pelo terremoto.
"Vamos trabalhar o quanto for necessário. Não perdemos a esperança de encontrar gente viva", disse à AFP Luigi D'Angelo, responsável da Defesa Civil de Amatrice, que coordena desde a madrugada de quarta-feira as operações de socorro.
Mais de 6.000 efectivos buscam corpos nos três povoados arrasados pelo terremoto e muitos sabem que, com o passar das horas, diminuem as hipóteses de encontrar gente com vida.
No entanto, podem ficar orgulhosos deste trabalho titânico depois de ter retirado vivas 215 pessoas.
"A situação é muito pior que numa guerra. Ficamos sem nada. Minha mãe não merecia esta morte", afirmou entre lágrimas Rita Rosine, de 63 anos.
Segundo a imprensa no local, as cenas são apocalípticas e inexplicáveis.
"Agora é preciso garantir habitação para todas as pessoas sem tecto, montar tendas de campanha em todas as áreas afectadas", explicou D'Angelo. - LUSA/SWISSINFO/UOL
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