A Administradora do Banco de Moçambique, Joana Matsombe, acompanhada pelos administradores Waldemar de Sousa e Alberto Bila, concedeu na tarde de hoje, uma conferência de imprensa sobre a revogação da autorização para o exercício da actividade do Nosso Banco.
Falando para os jornalistas, a Administradora disse que não há razão para pânico porque o sistema bancário encontra-se estável, sólido e goza de uma boa saúde. Durante a sua intervenção, a Administradora foi mais incisiva e esclareceu que o sistema bancário está suficientemente capitalizado e tem liquidez para satisfazer as necessidades do mercado, ou seja, dos seus clientes.
Em relação à revogação da autorização, fez menção as suas razões, nomeadamente, degradação continua dos principais indicadores prudenciais e de rendibilidade, fundos próprios em situação negativa, capital muito abaixo dos mínimos regulamentares, fraca liquidez, e consequente, dificuldade de honrar compromissos perante a sua clientela, não observância por períodos sucessivos das Reservas Obrigatórias e resultados acumulados negativos.
Joana Matsombe explicou ainda que a 31 de Outubro o Nosso Banco deveria ter aumentado o capital, facto que não se verificou, tornando-o inviável e fazendo com que ao Banco de Moçambique não restasse outra alternativa senão a sua dissolução e liquidação.
De acordo com a Administradora, a legislação em vigor garante que o Fundo de Garantia de Depósitos reembolse, numa primeira fase, a partir de segunda-feira dia 21 de Novembro do ano em curso, o montante até ao limite máximo de 20 mil meticais, a todos os depositantes singulares, cobrindo assim 91% dos cerca de 5000 depositantes dessa categoria. O remanescente dos depósitos será coberto pela massa falida, após o seu apuramento pela Comissão liquidatária.
Ainda de acordo com a administradora, o Governo está a estudar a possibilidade de aumento do limite de reembolso do referido montante.
A Administradora exortou os clientes a continuarem a depositar a sua confiança nos bancos comerciais e a não retirarem o seu dinheiro destas instituições para colocar por baixo dos colchões, porque tal prática não é segura. Apelou aos órgãos de informação presentes a colaborarem com o Banco de Moçambique na difusão da mensagem sobre a estabilidade do sistema financeiro.
Os Administradores Waldemar de Sousa e Alberto Bila prestaram esclarecimentos adicionais às questões colocadas pelos jornalistas.
Fonte:BancodeMoçambique
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