Criminalidade
Depois de Jeremias Pondeca ser morto a tiro no sábado, na praia da Costa do Sol, em Maputo, a Renamo veio a público, ontem, condenar o assassinato do seu membro e dizer que tal visa obrigar o partido de Afonso Dhlakama a abandonar o diálogo político.
A Renamo diz que o assassinato do membro do Conselho de Estado e da comissão mista do diálogo para a paz foi perpetrado por inimigos da democracia e do bem-estar dos moçambicanos. “Este acontecimento bárbaro praticado pelos inimigos da democracia e bem-estar social visa obrigar a Renamo a abandonar o diálogo, o que seria muito mau para o povo moçambicano, pois todos estamos recordados que todos os conflitos terminam na mesa do diálogo”, disse António Muchanga, porta-voz da Renamo, em conferência de imprensa havida ontem.
O partido liderado por Afonso Dhlakama assegura, contudo, que as conversações para o restabelecimento da paz vão continuar. Diz, também, que é difícil perceber “como é que atitudes desta índole foram cometidas em plena capital, de dia e num espaço público, contra um membro do Conselho de Estado e da comissão mista. É motivo para dizer que os moçambicanos estão entregues à sua sorte”.
O assassinato de Jeremias Pondeca mereceu atenção de diversas entidades nacionais e internacionais, casos da Presidência da República, das embaixadas dos Estados Unidos de América e da França, bem como da União Europeia, que condenaram o acto e exigiram esclarecimento célere do crime. “O Presidente da República condena o acto praticado e insta as autoridades competentes a esclarecê-lo com maior celeridade”, disse a Presidência da República, em comunicado enviado à redacção do “O País”.
Por sua vez, a Embaixada dos Estados Unidos refere que, apesar de ainda não se saber o que teria motivado o assassinato de Pondeca, é preciso que se condene ao mais alto nível tentativas de intimidar personalidades envolvidas na procura de uma paz duradoira em Moçambique. Os Estados Unidos apelam, ainda, ao fim de todas as formas de violência em Moçambique, incluindo a cessação das hostilidades, de forma a que aqueles que estão envolvidos na procura da paz possam prosseguir com a sua importante tarefa.
Jeremias Pondeca foi morto a tiro por desconhecidos, na manhã de sábado. Os seus restos mortais vão a enterrar, esta quinta-feira, em Chidenguele, província de Gaza, sua terra natal, cerimónia que será antecedida do velório, amanhã, no Município de Maputo, a partir das 10h00.
Fonte: Opais
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