A selecção de futebol de Moçambique eliminada de todas as competições “à sério” até pelo menos o segundo semestre de 2018 deslocou-se até Lomé no passado fim-de-semana onde, em partida amigável, foi derrotada por 2 a 0 pela sua congénere do Togo. A Federação Moçambicana de Futebol(FMF) não revela os custos de cada deslocação dos “Mambas”, nem o salário do seleccionador, estima-se em pelo menos 3 milhões de meticais... que chegavam e sobravam para investir em modalidades que mais mais resultados têm conseguido para o nosso País.
Foram precisos apenas 47 minutos para a selecção togolesa mostrar-se diante do seu público e vencer Moçambique, Laba Kodjo marcou aos 39 e aos 47 minutos no estádio Kegue.
"Estamos satisfeitos pelo que fizemos aqui no Togo (...) O nosso objectivo é entrar forte na próxima campanha de qualificação ao CAN Interno de 2018 e CAN de 2019", disse o seleccionador nacional citado pelo jornal Desafio após a derrota.
Estão mais do que diagnosticados, por vários entendidos de futebol, os problemas que enfermam a nossa selecção. Todavia insiste-se na mesma fórmula imediatista que, entre outras medidas ad-doc, passa por um seleccionador com uma varinha mágica para fazer uma equipa vencedora sem que tenha jogadores à altura.
Com os “Mambas” eliminados do apuramento africano para o Mundial de 2018, se é que chegar lá fosse alguma vez realista, a FMF contratou Abel Xavier que comandou a selecção para quase mais uma fase final de um Campeonato Africano da Nações, o de 2017.
Ao longo dos cerca de 17 meses que restam ao treinador luso-moçambicano a selecção principal do nosso País não estará envolvida em mais nenhum prova oficial de relevo. Ou melhor Abel Xavier até poderá, ao abrigo deste contrato, dirigir os “Mambas” no início do apuramento para o Campeonato Africano da Nações reservado aos jogadores não internacionais.
Todavia se é com essa perspectiva que o seleccionador ganha, segundo alguma imprensa, 15 mil dólares norte-americanos mensais qual a relevância de convocar jogadores internacionais para os jogos amigáveis de treino?
Para o partida com o Togo foi necessário deslocar, primeiro para Moçambique, Zainadine da China e Clésio da Grécia que se juntaram a comitiva que voou para Lomé. Contas feitas, apenas entre passagens e acomodações, o amigável(levado muito à sério pelos togoleses) além da desilusão de mais uma derrota custou aos bolsos dos moçambicanos pelo menos 3 milhões de meticais.
Fonte: @Verdade
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