As delegações do Governo e da Renamo ainda não alcançaram consensos em relação a cessação imediata das hostilidades militares em Moçambique. A informação foi avançada ontem a noite em Maputo pelo Porta-voz dos mediadores do dialogo político, Mário Raffaelli, após mais uma sessão que iniciou às 16 horas locais e terminou por volta das 22 horas.
“As Forças de Defesa e Segurança estão em missão de protecção das populações e dos seus bens e de permitir que elas circulem livremente num clima de paz, harmonia e segurança”, disse Raffaelli, citando a posição do Governo.
Para a delegação do executivo, segundo Raffaelli, a suspensão das hostilidades vai garantir segurança no “corredor” que vai levar os mediadores a reunirem-se com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Contundo, acrescenta Raffaelli, “a delegação da Renamo aceita uma trégua temporária na Serra de Gorongosa, desde que o Governo retire as forças lá estacionadas”, disse Raffaelli, citando, por sua vez, a posição da Renamo.
Ele sublinhou que a delegação do Governo entende que as forças armadas devem permanecer naquele local para proteger a população dos ataques da Renamo.
Durante a sua comunicação à imprensa, Raffaelli disse que esta quinta-feira (25) os mediadores apresentarão à imprensa a sua proposta detalhada sobre a cessão das hostilidades.
Na ronda da segunda-feira, os mediadores internacionais disseram que as conversações sobre a cessação das hostilidades estavam a registar alguns avanços, com as partes a manifestarem disponibilidade em concordarem em certos pontos.
Porém, ontem, depois de sensivelmente seis horas de reunião, as partes não alcançaram consensos. A proposta que as partes estão a discutir, sobre a cessão imediata das hostilidades, é de autoria dos mediadores.
Desde que as conversações retomaram as partes acordaram em criar uma sub-comissão que vai preparar um pacote legislativo sobre a descentralização no país.
Fonte: AIM
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